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ELEITO

No primeiro discurso, Bolsonaro diz que governo será defensor da Constituição e da democracia

Jéssica Sant'Ana
No primeiro discurso, Bolsonaro diz que governo será defensor da Constituição e da democracia
Right-wing federal deputy and presidential candidate Jair Bolsonaro, gives a thumbs up to supporters during a rally at Afonso Pena airport in Curitiba, Brazil on March 28, 2018. Bolsonaro, who has repeatedly praised Brazil’s two-decade-long military dictatorship, taunted Lula, calling him a “bandit,” and challenging him in Curitiba to see “who can get the most people out on to the streets without paying them.” / AFP PHOTO / Heuler Andrey
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No primeiro discurso como presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) agradeceu aos seus eleitores e falou que vai governar o país com os ensinamentos de Deus, ao lado da Constituição e de técnicos qualificados. Ele também destacou que todos os compromissos assumidos serão cumpridos e que terá governabilidade para “resgatar o Brasil”.

“Seguindo ensinamento de Deus e ao lado da Constituição, se inspirando em grandes líderes mundiais e com boa assessoria técnica, isenta de indicações políticas de praxe, vou começar a fazer um governo que possa colocar o Brasil em um lugar de destaque”, disse Bolsonaro. “Temos tudo para ser uma grande nação, temos condições de governabilidade”, completou.

O discurso foi feito através de uma transmissão ao vivo via redes sociais. Ele estava em sua casa, no Rio de Janeiro, acompanhado de Michelle Bolsonaro, sua esposa e agora primeira-dama. Também estava junto uma intérprete de libras. Foi formado um pool de emissoras para fazer a transmissão do discurso.

Bolsonaro falou, ainda, que o Brasil não poderia continuar “flertando com o socialismo e o populismo da esquerda”. Também lembrou que foi eleito sem ter um grande partido, sem acesso a recursos milionários do fundo partidário e com a grande mídia, nas suas palavras, criticando a sua candidatura. O deputado é filiado ao PSL, um partido nanico que, nestas eleições, se tornou a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, com 52 parlamentares eleitos.

Terminou a transmissão ao vivo agradecendo a Deus e ao povo brasileiro e pediu coragem para “poder bem decidir o futuro do Brasil”. “Missão não se escolhe, nem se discute.”

Em discurso à imprensa, sinal de pacificação

Após a transmissão, Bolsonaro, família e aliados fizeram uma oração, transmitida ao vivo para todo o Brasil. Logo depois, Bolsonaro falou com a imprensa. “Nosso governo será defensor da Constituição, da liberdade, e da democracia. Isso é um compromisso.”

Também falou que o povo terá liberdades individuais garantidas.  “Liberdade é um principio fundamental. Liberdade de ir e vir, liberdade de empreender, liberdade política e religiosa (…) Este é um país de todos nós: brasileiros natos ou de coração.”

Ao fazer um sinal de pacificação, disse que o Brasil é de todos. “Vou guiar um governo que proteja os direitos dos cidadãos que cumpram as leis.” E completou: “Somos todos um só país. Uma só Nação”.

Diretrizes de governo

Citou, ainda, que o governo quebrará paradigmas, reduzindo a estrutura administrativa e revendo o pacto federativo, para que municípios possam administrar os próprios recursos. “Nosso governo vai quebrar paradigmas. Vamos confiar nas pessoas. Vamos desburocratizar, simplificar, fazer com que o empreendedor tenha mais liberdade.”

Reafirmou o direito à propriedade privada e que emprego, renda e equilíbrio fiscal serão os compromissos principais do governo.

Questionado sobre a composição do novo governo, reafirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para chefe da Casa Civil,  general da reserva Augusto Heleno para o Ministério da Defesa e Paulo Guedes como futuro ministro da Economia, pasta que englobará os atuais ministérios da Fazenda e Planejamento. Os três nomes já haviam sido anunciados em 11 de outubro.

Bolsonaro disse, ainda, que o astronauta Marcos Pontes deve ser anunciado em breve como ministro da Ciência e Tecnologia. Outros nomes ainda serão escolhidos.

Homenagem a sua esposa

Depois de discursar à imprensa, Bolsonaro fez uma homenagem a sua mulher, Michelle. Ela passou boa parte da campanha distante de eventos ou atos políticos, mas acompanhou Bolsonaro neste domingo (28) na votação e esteve ao lado do marido nos discursos após o resultado.

“Sem ela, não teria chegado a esse local. E com ela terei força para prosseguir nessa empreitada de buscar um país melhor”, afirmou Bolsonaro.

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