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Comemoração

Festa em casa e na rua: aliados civis e militares celebram vitória de Bolsonaro

Do lado de fora da residência do novo presidente, milhares de pessoas festejavam nas ruas, com direito a carro de som, foguetório e bandeiras. Dentro da casa, familiares e políticos mais próximos

Evandro Éboli, de Brasília
Festa em casa e na rua: aliados civis e militares celebram vitória de Bolsonaro
Eleitor de Jair Bolsonaro comemora vitória nas urnas no Rio de Janeiro. Foto: Carl de Souza/AFP
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No momento em que teve a confirmação de que estava eleito presidente da República, Jair Bolsonaro tinha ao seu lado os assessores mais próximos, filhos e esposa, e vários parlamentares eleitos, e não eleitos, em outubro. Estava abraçado ao senador Magno Malta (PR-ES) e ao seu filho Flávio Bolsonaro, deputado estadual eleito agora senador. Ele ganhou um beijo na cabeça do seu futuro ministro da Casa Civil, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que deu um berro com as mãos para cima, gritando um palavrão.

Estavam ali vários deputados eleitos pelo PSL e senadores, caso de Luiz Carlos Heinze (RS), eleito agora para o Senado. Estavam nessa roda mais próxima o deputado federal eleito Hélio Negão, do PSL e o mais votado no Rio, o presidente do PSL, Gustavo Bebbiano, e o presidente da UDR, Luiz Antônio Nabhan Garcia, cotado para ministro da Agricultura.

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Nas suas redes, Onyx citou uma frase de Bolsonaro. “Juntos cumpriremos a nossa missão de resgatar o Brasil”.

Do lado de fora da residência do novo presidente, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, milhares de pessoas festejavam nas ruas, com direito a carro de som, foguetório e bandeiras.

Futuro homem-forte da economia, Paulo Guedes comemorou o resultado das urnas: “É uma celebração, é uma democracia”. Evitando aceitar o título de ministro, afirmando que falta ainda um convite de Bolsonaro, ele afirmou que é “factível” zerar o deficit já no primeiro ano de governo.
A medida está entre as propostas apresentadas por Bolsonaro no programa de governo entregue à Justiça eleitoral no início da campanha. “Nós vamos tentar, nós vamos tentar. É factível, claro que é factível”, disse.

Manifestações na internet

O comandante do Exército, general Villas Boas, se manifestou sobre a vitória de Bolsonaro e citou a “civilidade” do momento democrático. “Cumprimento especialmente o presidente da República eleito Bolsonaro pela escolha que a gente brasileira vocalizou nas urnas”

Outros militares apoiadores de Bolsonaro se manifestaram. O general Paulo Chagas, presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), atacou Fernando Haddad nas suas redes sociais, xingando-o.

“Haddad, o cretino, cercado de bandidos condenados pelas urnas e pela justiça, aceita a derrota, mas não abre mão do direito de mentir e de ovacionar Lula da Silva. Usa o Hino Nacional para ameaçar e prometer a continuidade do plano de destruição do Brasil e de seus valores”, publicou Chagas.

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O general disse ainda que o Brasil está agora dividido em dois grupos. “Um de iludidos e oportunistas e outro dos que querem o melhor e o Brasil realmente livre e justo”.

O deputado federal Pauderney Avelino (DEM-AM), que não foi reeleito e visitou Bolsonaro na sua casa essa semana, comentou a vitória do capitão reformado. Ele teria sido alvo de uma crítica do presidente eleito, que condenou aqueles que estavam se considerando ministro antes da hora.

“Bolsonaro, você foi o responsável por derrotarmos o PT, depois de quatro mandatos petistas.

Estamos nos livrando da mancha vermelha que tomou conta do Brasil”, disse Avelino.

A senadora Kátia Abreu, que foi candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes, ironizou o PT nas redes sociais. “PT deve soltar foguete minha gente. Elegeram Bolsonaro. Bolsonaro candidato dos petistas”, escreveu.

Em outro tuíte, afirmou: “Não adianta xingar nem chorar. Tiveram o que mereceram. O Brasil sinalizou várias vezes que não queria o PT no governo. Insistiram por pura soberba”.

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