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Cinco obras de infraestrutura que ficaram para o próximo governo do Paraná

Cinco obras de infraestrutura que ficaram para o próximo governo do Paraná
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Por Giulia Fontes

As eleições passam e, a cada quatro anos, algumas obras importantes de infraestrutura no Paraná acabam não saindo do papel. Algumas delas andaram nos últimos anos, mas ainda assim não se concretizaram em melhorias para o setor produtivo e para os cidadãos paranaenses. Veja cinco obras de infraestrutura que ficaram pendentes e cuja decisão caberá a Ratinho Junior (PSD), governador eleito do estado:

 

  1. Ponte de Guaratuba

Uma das mais antigas pendências no que diz respeito à infraestrutura no Paraná, a ponte que ligaria Guaratuba a Caiobá voltou a ser objeto de atenção por parte do governo estadual – como alternativa ao ferry boat. O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) licitou, em março, a realização de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para que a obra possa ser realizada. O processo, ao custo de R$ 832,8 mil, começou em março e tem prazo de nove meses para ser concluído. Depois disso, o governo poderá formatar o projeto para colocar a obra em prática.

 

  1. Pavimentação no interior

Problemas nas rodovias do interior do estado dificultam a vida dos produtores rurais, que acabam tendo custos maiores para escoar as mercadorias. O problema não para por aí: sem pavimentação, as estradas prejudicam a qualidade de vida dos moradores e impedem que estudantes cheguem de forma segura às escolas próximas, por exemplo. As rodovias rurais, que somam quase 100 mil quilômetros no Paraná, são de responsabilidade dos municípios – mas o estado pode ajudar na manutenção.

As principais ações do Paraná nesse sentido envolvem a aquisição de equipamentos, a disponibilização de recursos para a compra de óleo diesel e a pavimentação de estradas com pedras irregulares.

 

  1. PR-323

A PR-323 – centro de uma das suspeitas de corrupção que pairam sobre a gestão de Beto Richa (PSDB) – é uma das heranças que o próximo governador receberá a partir de 2019. A obra deveria ter começado em 2014, quando um consórcio que tinha como principal construtora a Odebrecht venceu a licitação para a realização das melhorias na estrada. As intervenções na rodovia, que liga Maringá a Guaíra, na região Noroeste do estado, são mais do que necessárias: de acordo com a Polícia Rodoviária do Paraná, só em 2018 já ocorreram 174 acidentes nessa estrada, com 33 feridos e 12 mortes. No ano passado, foram 454 acidentes, com 307 feridos e 21 mortes.

Por conta dos problemas que a própria Odebrecht sofreu após a deflagração da Operação Lava Jato, porém, as obras acabaram não saindo do papel. Em 2017, o Conselho Gestor de Concessões cancelou a licitação.

Depois disso, o governo repartiu a obra em onze partes. A primeira etapa, que consiste na duplicação de 20,7 quilômetros entre os municípios de Paiçandu e Dr. Camargo, no Noroeste do estado, teve a ordem de serviço autorizando o início dos trabalhos emitida no dia 3 de outubro. A obra custará R$ 73,2 milhões, com duração prevista de dois anos.

Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística, os técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) analisam os projetos para a continuidade da duplicação. Além disso, já houve a homologação para a construção do viaduto de acesso a Iporã, ao custo de R$ 2,8 milhões. Também está em andamento uma licitação para a contratação do projeto destinado à implantação e adequação de terceiras faixas e acostamentos em 47 quilômetros entre Umuarama e Francisco Alves, nas PRs 323 e 272.

 

  1. Ferrovia Dourados – Paranaguá

Uma ferrovia que interligue Dourados, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá, em uma linha de mais de mil quilômetros, é uma solução importante para o escoamento da produção agrícola do estado. O problema da dependência do Paraná do modal rodoviário ficou evidente durante a greve dos caminhoneiros, quando o estado e o país sofreram com o desabastecimento provocado pelo protesto da categoria.

O projeto da ferrovia foi retomado no ano passado. Em março de 2018, o governo escolheu quatro consórcios para realizar estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental visando a implantação da linha. A duração prevista para esta etapa é de nove meses. Por isso, a expectativa é de que, até dezembro de 2018, o governo já tenha o resultado das análises. O custo da obra é estimado em R$ 10 bilhões, a serem desembolsados pelo vencedor da licitação para construir e operar a ferrovia.

 

  1. Aeroportos no interior

Reivindicação antiga de empresários, o Aeroporto Regional do Oeste parece estar mais perto de sair do papel desde julho deste ano, quando o primeiro passo foi dado pelo governo do Paraná. Por meio de um decreto da governadora Cida Borghetti (PP), um terreno de 148 hectares foi declarado como de utilidade pública com fins de desapropriação. A área fica entre os municípios de Cascavel e Tupãssi, e deve ter investimento de R$ 10,5 milhões.

De acordo com a Casa Civil, os recursos já estão empenhados e a documentação está sendo preparada para que o pagamento das indenizações. O projeto do aeroporto está sendo elaborado em parceria com a Itaipu Binacional, e a obra deve ter custo entre R$ 150 milhões e R$ 250 milhões.

Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística, a Secretaria de Aviação Civil deve contratar um estudo de prospecção de área para a construção de um novo aeroporto regional no Sudoeste do estado.

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