Tudo sobre as Eleições 2018
PUBLICIDADE
Vice

General Mourão desiste de gabinete ao lado do de Bolsonaro: “foi uma trapalhada”

Evandro Éboli
General Mourão desiste de gabinete ao lado do de Bolsonaro: “foi uma trapalhada”
General Hamilton Mourão vota em Brasília. Foto: Evaristo Sá/AFP
Compartilhar

BRASÍLIA. Se vencedora a coligação “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, o novo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, não terá mais um gabinete ao lado do “número 1”, como se refere a Jair Bolsonaro. O militar, que havia anunciado esse desejo de estar com o gabinete fisicamente próximo do presidente, desistiu da ideia. Disse que foi uma “trapalhada”.

“Me atrapalhei. De vez em quando me atrapalho. Vou ficar onde estou mesmo. Foi uma trapalhada” – afirmou Mourão logo após votar numa escola em uma Vila Militar em Brasília.
Mourão falou sobre o retorno dos militares ao poder depois de 54 anos do golpe de 1964 e diz que o momento é completamente diferente.

“Não são dois militares, mas dois cidadãos que foram militares. Eu e o Bolsonaro. O momento é completamente diferente. Simplesmente estamos sendo chamados pela população para cumprir uma missão” – afirmou.

O candidato a vice afirmou também que é preciso aproveitar a “lua de mel” entre os eleitos com a população para aprovar as medidas mais urgentes e necessárias para o pais, e citou a reforma da Previdência como o primeiro passo.

“Temos que aproveitar esse começo, essa lua de mel para pregar os pregos. O ajuste na economia é o principal. Tem que botar esse pessoal para trabalhar. Tem muita gente sem trabalho e subempregada. A reforma da Previdência é fundamental. A que está no Congresso Nacional já seria um grande passo. O ótimo é inimigo do bom. Mas se temos o bom, vamos tocar esse avião, porque lá na frente ele vai cair no nosso colo”.

Mourão disse guardar mágoa da falsa acusação de que foi torturador no passado, que foi repetida por Fernando Haddad numa entrevista.

“Fui alvo de uma baixaria que não tem mais tamanho. Meus netos foram abordados na escola: ‘vem cá, é verdade que teu avô foi torturador?’ Essa mágoa eu guardo. O problema não é comigo, mas com a minha família”.

Compartilhar
PUBLICIDADE