Haddad diz que vai lutar até o fim e que não há nenhuma ‘decepção’
Petista não fez nenhum comentário sobre o vídeo feito pelo Ciro Gomes, em que não anuncia voto a Haddad
O candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) se disse confiante em um “grande resultado” neste domingo (28) da eleição e que vai lutar até o último minuto. Ao chegar para um café da manhã com aliados em hotel na capital paulista, o petista disse que não há nenhuma “decepção” por não ter conseguido apoios de votos declarados de Ciro Gomes (PDT) e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Estou muito confiante que nós vamos ter um grande resultado hoje, vamos lutar até o último minuto. As pesquisas indicam uma retomada importante das intenções de voto no nosso projeto e eu confio na democracia, confio no povo brasileiro”, disse.
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“Não há nenhuma decepção, eu festejo os apoios que foram declarados”, declarou Haddad ao ser perguntado sobre FHC e Ciro. “Muita gente que poderia estar recolhida se manifestou nos últimos dias. Apoios significativos. Eu não quero mencionar um a um. Eu estou muito feliz com isso. Mas não com o apoio das personalidades. Estou feliz com o apoio do cidadão comum, da cidadã que foi à rua defender o Brasil”
Quando questionado especificamente sobre Ciro Gomes, o petista não fez nenhum comentário direto sobre o vídeo feito pelo pedetista neste sábado, em que não anuncia voto a Haddad. “Vamos olhar para os brasileiros que nesse momento da vida nacional tiveram uma postura de honradez e defenderam a democracia”, disse.
4 pontos para decifrar o que Haddad faria como presidente
Do hotel, Haddad segue para votar em uma escola em Moema, na zona Sul de São Paulo. O petista deve passar o dia em casa com familiares e voltar ao hotel para acompanhar a apuração dos resultados.
Apoiadores do candidato do PT à Presidência distribuem rosas vermelhas e brancas nas proximidades da Brazilian International School, em Indianópolis, na zona sul de São Paulo. O local é o colégio eleitoral do petista, que deve chegar para votar por volta das 10h.
“É para simbolizar a paz na hora de votar”, explicou a advogada Ana Amélia, enquanto entregava flores a apoiadores. Ela afirmou que o ato não é vinculado à campanha.
Entre as pessoas que ajudam a organizar o ato é a professora Ana Bock, candidata derrotada a vice-governadora na chapa de Luiz Marinho (PT). Os apoiadores utilizam broches, camisetas e bandeiras em apoio ao petista.
Quando o grupo começou a gritar palavras de ordem favoráveis a Haddad, moradores do prédio em frente à escola começaram a bater panelas nas sacadas.
Na manhã de domingo, houve um início de confusão na porta da escola. Apoiadores de Jair Bolsonaro gritaram o nome do candidato e foram expulsos por petistas. A Polícia Militar separou os grupos.
No twitter, no sábado à noite, Haddad pediu votos, argumentando a defesa da democracia. “Neste domingo, conto com seu voto para recobrar o fôlego da democracia, afastar os fantasmas da ditadura, do ódio e da violência”, escreveu o ex-ministro da Educação.
“Vamos renovar as esperanças de um Brasil forte, unido, justo e respeitado no mundo. Com menos armas e mais livros, faremos o Brasil feliz de novo”, complementou Haddad.