Você vai receber uma notícia falsa hoje. 8 dicas para identificá-la
Durante todo o período eleitoral, as fake news circularam entre os eleitores. Você deve receber uma hoje – e preparamos um guia para ajudar a identificá-las
“Repasse sem ler!” “Compartilhe sem dó!” Você já deve ter recebido alguma corrente no WhatsApp – ou ainda pelas redes sociais – com um texto alarmista, imagens pesadas, denúncias tenebrosas e alguma mensagem que incentiva o compartilhamento do assunto. Há uma probabilidade muito grande de ser uma notícia falsa. As fake news, que já circulam há tempos, ganharam mais força durante o período eleitoral. Fraudes em urnas, casos de violência, projetos descabidos, ataques a candidatos e seus familiares: a fonte para os boatos parece ser inesgotável.
Provavelmente você receberá uma notícia falsa hoje. E é por isso que preparamos esse guia com 8 dicas para te ajudar a identificar esses boatos – não repassá-los e até ajudar a desmenti-los para os seus contatos.
- Seja cético e desconfie
As notícias falsas trazem manchetes alarmistas, com letras maiúsculas e muitos pontos de exclamação. Se a chamada for muito chocante, desconfie. Nos textos ou áudios, mensagens que dizem que algo vai acontecer “amanhã” ou “no sábado”, sem uma identificação temporal que mencione dia e mês, são indicativos de notícias falsas.
- Preste atenção à fonte
Um indício dos boatos é a ausência de fonte. Não é porque foi o seu amigo de infância que enviou a informação que ela está correta: ele também pode ter sido engando por uma notícia falsa. Por isso, fique atento ao que é mencionado no texto e veja se há indicação de alguma fonte ao final. Neste caso, também vale prestar atenção ao endereço do site. Muitos sites de notícias falsas tentam imitar os veículos de imprensa, fazendo pequenas alterações na URL.
- Pesquise
Recebeu uma informação que despertou o seu interesse, mas tem uma apresentação estranha e não traz fonte? Pesquise! Entre em um buscador, como o Google, e digite algumas palavras-chave relacionadas ao conteúdo em questão. Veja quais são os resultados da busca e procure verificar se o tema foi tratado por veículos de imprensa, como jornais, TVs e rádios – de preferência por mais de um. Há muitas agências de checagem e verificação que também trabalham para desmentir esses boatos. Uma dessas iniciativas é o Comprova, coalizão de 24 veículos do Brasil todo do qual a Gazeta do Povo faz parte.
- Desconfie das imagens
É muito comum a associação de fotos e vídeos verdadeiros a boatos. Ou seja: não é porque uma foto existe e é real que ela efetivamente está ligada ao boato que chegou no seu WhatsApp. Mais uma vez, é fundamental desconfiar e pesquisar. O Google Imagens, por exemplo, oferece um mecanismo de busca reversa: basta você carregar um arquivo de imagem ou o link que ele apresenta resultados mostrando a que conteúdos aquela foto está vinculada.
- De olho na linguagem
A informação duvidosa apresenta muitos erros de português ou um layout esquisito? Esse é mais um indício de boatos: há muitos erros de concordância e ortografia, que são indicativos de fake news.
- Verifique as datas
Candidatos de partidos rivais posam prestando apoio um ao outro? Desconfie: isso pode ter ocorrido em outro momento. Por isso, antes de repassar uma notícia adianta, ainda que seja de um veículo tradicional de imprensa, preste atenção à data. A matéria pode ser de anos anteriores e a informação está desatualizada, porém, o conteúdo continua na internet. Isso não é exclusividade da política: acontece muito em matérias sobre feriados prolongados, cujas datas variam a cada ano. Portanto, confira a data de publicação de uma matéria antes de passar para frente.
- Contexto faz diferença
Seja crítico com o que você recebe. Algumas notícias falsas são absurdamente fantasiosas. Por outro lado, há conteúdos que parecem falsos, mas são de humor ou sátiras. Leia com atenção e analise detalhes e tom das histórias.
- Na dúvida, não compartilhe! E denuncie.
Se você recebeu um conteúdo, seguiu todos esses passos e ainda está em dúvida, a dica é uma só: não compartilhe. Você pode denunciar o conteúdo como spam ou falso nas redes sociais. E pode entrar em contato com as agências de checagem ou veículos de imprensa pedindo a verificação.