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Com problemas técnicos, Paraná perde posto de estado mais rápido na apuração

Outros seis estados, além do Distrito Federal, concluíram a contagem de votos antes; Trabalho só foi concluído cinco horas após o encerramento da votação

Com problemas técnicos, Paraná perde posto de estado mais rápido na apuração
Telões mostram a apuração dos votos no TRE do Paraná. Crédito: Albari Rosa/Gazeta do Povo.
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Por Katia Brembatti

Uma combinação de fatores tirou do Paraná o posto histórico de primeiro estado a concluir a apuração dos votos. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o primeiro problema foi a chuva, que marcou todo o domingo, principalmente nas regiões Sul e Leste. O clima teria atrapalhado o transporte das urnas, especialmente de comunidades mais afastadas. Os votos coletados em uma ilha de Guaraqueçaba foram os últimos a chegar. Com isso, a apuração foi encerrada por volta das 22 horas – quando seis estados (Amapá, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia) e o Distrito Federal já tinham concluído os trabalhos.

A chuva concentrada pela manhã também teve outro efeito: muitos eleitores deixaram para votar à tarde. Com isso, aglomerações se formaram. Assim, quando o horário oficial de votação terminou, ainda havia gente esperando na fila. Por esse motivo, o TRE decidiu suspender a divulgação das primeiras parciais, logo depois das 17 horas, quando menos de 1% dos votos tinha sido contado. A divulgação dos números só voltou depois das 18h20, com a confirmação de que a votação estava encerrada.

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Complicações

Além dos fatores climáticos, problemas técnicos complicaram a eficiência da apuração. Pelo menos 756 urnas precisaram ser trocadas – número que foi atualizado pelo TRE na manhã desta segunda-feira (8). Os aparelhos foram alvos de questionamentos durante todo o dia, levando a atrasos que não necessariamente representaram a substituição dos equipamentos. Havia relatos de dificuldades, como encerramento da votação antes de o eleitor concluir a digitação e apertar confirma.

A esse problema se somaram outros dois que também conturbaram a votação e, consequentemente, atrasaram a apuração: a biometria e a mudança de zonas eleitorais. O Paraná chegou ao índice de 90% das cidades paranaenses com identificação digital. Em muitos locais, foram várias tentativas até conseguir confirmar a biometria. Mesários também tiveram dificuldades. Teve ainda quem não pode votar porque não foi ao Fórum Eleitoral para fazer o recadastramento biométrico (são 657 mil eleitores nesta situação no Paraná).

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Para concluir a lista de complicações, o site da Justiça Eleitoral estava instável e demorava muito para consultar o local de votação. Essa situação culminou também com muitos eleitores se dirigindo para a zona errada. Foi a primeira eleição depois que Justiça Eleitoral decidiu juntar algumas seções. Eleitores foram a um local de votação e descobriram que teriam de ir a outro, às vezes com muitos quilômetros de distância. Além de gerar confusão e reclamação, também contribuiu para que a votação não terminasse no horário marcado, também atrasando a apuração.

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