Compartilhar
Facebook Twitter Whatsapp

Quem os derrotados na corrida presidencial vão apoiar no segundo turno

Com quem Ciro, Alckmin, Amoêdo e Marina vão na segunda etapa da disputa pela Presidência

Candidatos derrotados começam a sinalizar apoios ao segundo turno. (Foto: Ivonaldo Alexandre/Arquivo/Gazeta do Povo)
PUBLICIDADE
Compartilhar

Evandro Éboli

Encerrado o primeiro turno, hora de ir atrás de apoios. O petista Fernando Haddad, que disputará o segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL) em 28 de outubro, começou os contatos ainda na noite deste domingo (7). Ele anunciou que já fez contatos com Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL), derrotados no pleito, em busca de suas adesões.  O PT busca também aproximação com outras forças políticas como setores do PSDB e do MDB.

Ciro disse, após a divulgação do resultado, que “Ele não!”, numa alusão a Bolsonaro. É certo que o pedetista estará ao lado do petista, mas a dimensão dessa adesão ainda não se sabe. O PT quer Ciro na linha de frente deste segundo turno. Marina Silva anunciou que seu grupo irá avaliar que decisão tomar. Boulos deve seguir sem problemas com Haddad – sua ligação com o ex-presidente Lula é  muito forte. Geraldo Alckmin (PSDB) já marcou reunião da executiva de seu partido, que ocorre na próxima terça-feira (9), em Brasília.  A neutralidade e a liberação dos tucanos para apoiar quem desejarem tende a ser a posição da legenda.

LEIA TAMBÉM: As trajetórias de Bolsonaro e Haddad até o segundo turno das Eleições 2018

Os últimos dias dessa campanha eleitoral foram marcados também por deslocamentos de apoios, com vários candidatos anunciando, antes da hora, quem iriam apoiar Bolsonaro. O candidato do PSL recebeu apoios de bancadas importantes no Congresso, como a ruralista e a evangélica, de candidatos a governador de outros partidos, como Paulo Skaf (MDB), em São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, que “traiu” João Amoêdo antes da hora. Setores como o financeiro, que apoiavam outros candidatos, em especial Geraldo Alckmin (PSDB), que não se mostrou em momento algum um candidato competitivo, também demonstraram apoio a Bolsonaro.

Veja abaixo quem está com quem

Ciro Gomes – Deve anunciar apoio a Fernando Haddad, mesmo tendo sido alvo de uma artimanha do PT de lhe tirar o apoio do PSB. Ciro tem feitos críticas duras ao PT, mas diminuiu nos últimos dias, centrando fogo contra Bolsonaro. Se apresentou durante o primeiro turno como o único a derrotar Bolsonaro no segundo turno.

Geraldo Alckmin – Com o maior “condomínio” de apoio partidário no primeiro turno, a candidatura do tucano naufragou. Em nenhum momento deu sinais de competitividade. Não chegou aos dois dígitos. No início, era a aposta a ser feita, mas não deslanchou. Nas últimas semanas viu aliados, como a bancada ruralista e muitos outros aliados, o abandonarem. Alckmin deve ficar neutro, como seu partido.

Marina Silva –  Como Ciro, ela tem suas mágoas com o PT, mas, com certeza, não apoia Bolsonaro, Sua militância, muitos também ex-petistas, vão de Haddad. A candidata pode anunciar voto no ex-ministro da Educação de Lula, mas é uma incógnita se aparecerá a seu lado.

João Amoêdo –  O candidato do Novo anunciou que seu partido tomará uma decisão coletiva do que fazer num segundo turno. Ele tem feito críticas a Bolsonaro, mas jamais apoiaria Haddad. O maior triunfo de seu partido foi ter chegado ao segundo turno em Minas Gerais, com o candidato Romeu Zema, que, por seu lado, anunciou apoio a Bolsonaro ainda no primeiro turno.

Alvaro Dias – Entrou nessa campanha tão somente para evitar a vitória do PT. Dedicou sua participação nos debates e no programa eleitoral quase que exclusivamente para ataques a Lula e a corrupção no partido. Deve anunciar apoio a Bolsonaro. Assim como seu partido, o Podemos.

Outros apoios

Bancada ruralista. Representativa no Congresso Nacional, abandonou Geraldo Alckmin (PSDB) e anunciou apoio a Jair Bolsonaro. O candidato do PSL tem apoio forte desse setor. Uma de suas principais promessas de campanha é unificar o Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente, visto como um “entrave” para o agronegócio no país.

Bancada evangélica e Edir Macedo. Outro segmento com certa influência no Congresso e deve eleger sua bancada. E foi reforçada pelo anúncio de Edir Macêdo, dono da TV Record, a Bolsonaro. Macêdo abriu a emissora para uma entrevista do candidato no mesmo horário do concorrido debate da TV Globo, na última quinta-feira.

Outros nomes. Alguns candidatos a governos estaduais se manifestaram a favor de Bolsonaro. Caso de Paulo Skaf, que pode disputar o segundo turno contra João Doria (PSDB), em São Paulo. Doria, que passou longe de ser um aliado fiel de Alckmin no primeiro turno, deve ir de Bolsonaro. Em Minas, o candidato Romeu Zuma, do Novo, que pode ir ao segundo turno, já pediu votos para o capitão do PSL.

Compartilhar
PUBLICIDADE