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Alteração de seções confunde eleitores e gera filas em locais de votação em Curitiba

Ao chegar ao local de votação, muitos eleitores foram pegos de surpresa pela alteração no número da seção em que passarão a votar

Foto: Andrea Sorgenfrey
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Ao chegarem aos locais de votação neste domingo (7), muitos eleitores de Curitiba foram pegos de surpresa com a alteração de suas seções eleitorais. A mudança foi realizada para distribuir a votação e adequar os espaços às necessidades dos eleitores, como informou o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), mas gerou confusão e fez com que filas se formassem em alguns locais de votação.

Foto: Fernando Jasper / Gazeta do Povo

“Durante o período eleitoral, algumas seções são extintas, agregadas ou [criadas] para atender questões de acessibilidade ou pedidos de transferência dos eleitores. Quando a troca da seção ocorre no mesmo local de votação,  há cartazes indicando [a mudança]. O eleitor só vai ter que se dirigir à seção ao lado”, explica Márcio Jardim, coordenador de comunicação do TRE-PR. “Quando houve a extinção de um local de votação, como um colégio, por exemplo, os eleitores que votavam nele foram avisados por correspondência”, completa.

>>> Como consultar o seu local de votação    

Jardim afirma, ainda, que desde maio o TRE-PR trabalha na divulgação das alterações, no site e redes sociais do tribunal, convidando os eleitores a consultarem seu local de votação. Tal abordagem, no entanto, parece não ter sido suficiente para que muitos eleitores tivessem conhecimento das mudanças antes de chegarem aos locais onde votam.

Foto: Audrey Possebom / Gazeta do Povo

Consulta

Ainda de acordo com Jardim, a consulta do local de votação pode ser realizada pelo site do TRE-PR ou por meio do aplicativo E-Titulo Digital. A reportagem tentou realizar a pesquisa no site, mas não obteve sucesso. Eleitores também reclamam da instabilidade do site do TSE, outro canal por onde a consulta pode ser realizada.

>>> Como baixar o e-título (título de eleitor digital) no celular?

O TRE-PR não soube precisar quantos eleitores foram impactados pelas mudanças no estado, nem quantas foram as seções que tiveram mudanças. De acordo com a assessoria de comunicação do tribunal, estas informações estarão disponíveis somente no relatório de fechamento das eleições.

Troca de urna

A urna da seção 176, no Clube Curitibano, foi trocada depois que diversos eleitores relataram problema em confirmar o voto para presidente e encerrar a votação. O advogado Luiz Fernando Dietrich, que votava na seção, foi o primeiro a perceber e a reportar o erro. Em seguida, ele alertou os mesários, que pediram que os próximos eleitores da seção votassem e relatassem se o problema continuava. A votação da seção foi pausada por cerca de meia hora, gerando filas.

A professora Denise Buiar, que também reportou o erro, explica que a votação estava sendo encerrada depois que o número era digitado e a foto aparecia, mas antes que o eleitor apertasse o botão verde. “Na opção de presidente, não existe o confirma nessa urna — eu não posso corrigir o candidato se eu errei, por exemplo. Você digita o número, carrega e fim, não dá pra confirmar. Eu não tenho segurança de que o candidato que eu votei pra presidente foi computado”.

O erro foi registrado em ata pelo presidente da seção e foram chamados dois técnicos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para analisar a situação. A decisão pela troca da urna foi da promotora da zona 177, Andrea Vercesi Beraldi, que relata que esta foi a primeira e única situação do tipo em Curitiba até agora. “Essa urna vai sair daqui e será auditada por uma empresa contratada pelo TSE, que vai inspecionar e ver o que aconteceu. Mas já adianto que isso é atípico e que será aberto um procedimento para descobrir o que houve”, ela relata.

Segundo a promotora, os votos na urna com defeito foram computados, e portanto não será feita uma nova votação com os 79 eleitores que já haviam passado pela seção.  Os eleitores poderão ver o total de votos registrados através do relatório de urna a partir das 17h, no próprio local.

A promotora afirmou ainda que diversos casos falsos de fraude eleitoral em urnas estão circulando principalmente via Whatsapp. “Todo mundo fala que a urna não é auditável – é tão auditável que está tendo auditoria no Brasil inteiro com relação a isso. Além disso, ninguém consegue invadir essa urna com esse programa de 2018”, afirma. Ela faz um apelo para que os eleitores não compartilhem as fake news: “isso só atrapalha o andamento eleitoral”. (Sharon Abdalla e Aléxia Saraiva)

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