Rede de lojas diz que comunicado sobre venda a prazo a eleitores de Ciro Gomes é falso
Notícia falsa
FALSO: A empresa afirma que o comunicado é falso. O humorista José Simão, um dos que compartilharam o comunicado nas redes, diz que o postou como brincadeira.
Entenda o caso
As mensagens que circulam nas redes sociais e no WhatsApp afirmando que as Casas Bahia não farão vendas a prazo para os eleitores de Ciro Gomes até o fim das eleições são uma sátira. Algumas dessas imagens usam o logotipo da rede varejista simulando um comunicado oficial. A empresa afirma que o comunicado é falso.
As Casas Bahia pertencem à Via Varejo, terceira maior empresa varejista em operação no país. Em contato com o projeto Comprova, a rede informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “essa informação [sobre a suposta suspensão de vendas para eleitores do candidato do PDT a presidente] é falsa” e que o comunicado “não foi divulgado oficialmente pela empresa”.
No dia 1º de agosto, Ciro Gomes foi entrevistado na Central de Eleições da Globo News. Na entrevista, ele promete que, se eleito, o governo federal ajudará a tirar o nome de brasileiros da lista de devedores do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Os primeiros registros do boato identificados pelo Comprova começaram a circular na semana em que aconteceu o primeiro debate entre presidenciáveis deste ano, promovido pela Band na noite do dia 9 de agosto. No dia seguinte, o humorista José Simão postou em seu perfil no Twitter a simulação de comunicado da empresa, em forma de brincadeira. Ele afirmou ao Comprova que recebeu o “meme” por e-mail de alguns leitores e ouvintes. Até esta terça-feira, 4 de setembro, o post recebeu 2,2 mil curtidas e 497 retweets.
Algumas pessoas acreditaram na imagem e enviaram para o perfil da loja na rede social, elogiando a iniciativa. A empresa, no entanto, desmentiu a informação pelo próprio perfil. Numa troca de mensagens com outro usuário, a empresa afirmou que sabia que se tratava de uma brincadeira.
O programa de governo de Ciro Gomes lembra que “63 milhões de consumidores estavam inadimplentes no primeiro semestre de 2018, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito” e diz, de forma genérica, que o candidato pretende ajudar “esse imenso contingente de pessoas e famílias a reduzir seu atual endividamento”.
Segundo Ciro, serão avaliadas as dívidas feitas até o último dia 20 de julho, data em que ele falou pela primeira vez sobre a intenção de renegociar as dívidas dos inadimplentes, descontando cobranças de multas e correções.
Esta verificação foi feita pela redações do Uol e Piauí.