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É falso que polícia apreendeu carro-bomba que participaria de atentado a Bolsonaro

Notícia falsa

É falso que polícia apreendeu carro-bomba que participaria de atentado a Bolsonaro
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Falso: O carro-bomba fazia parte de uma tentativa de libertar um traficante no Paraguai e não tem qualquer relação com suposto atentado a Bolsonaro.

Entenda o caso

O carro-bomba filmado em um vídeo que circula no WhatsApp e em redes sociais fazia parte de uma tentativa de libertar o traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, no Paraguai — e, ao contrário do que afirmam mensagens e correntes de texto, não tem qualquer relação com um suposto atentado ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL).

O veículo foi interceptado em uma ação conjunta da polícia paraguaia e da Interpol na quarta-feira, 24 de outubro.

O boato que viralizou diz que dois carros-bomba foram apreendidos tentando atravessar a fronteira entre Brasil e Paraguai – e que, posteriormente, seriam usados numa tentativa de atentado.

No entanto, os veículos foram encontrados em uma casa em Presidente Franco, no Paraguai, a cerca de 10 km da divisa entre os países. O destino seria a capital paraguaia Assunção, onde o traficante brasileiro está preso. Foi a segunda vez em que criminosos tentaram libertar o chefe da facção Comando Vermelho.

Diversos veículos de imprensa noticiaram a ação policial que apreendeu os carros com explosivos — incluindo G1, R7 e Extra. Para encontrar as reportagens, bastou procurar no Google as palavras-chave “carro bomba” e “Paraguai”.

Apesar de os carros-bomba do vídeo não terem relação com Bolsonaro, dados da inteligência do governo federal apurados pelo Estadão confirmam a existência de ameaças contra o candidato. As informações foram passadas há mais de uma semana pelo presidenciável, que teve a segurança reforçada.

Uma das versões da corrente de texto diz que o serviço de inteligência dos EUA teria repassado informações sobre um atentado contra o presidenciável do PSL.

O vídeo com a mensagem enganosa foi enviado por leitores ao WhatsApp do Comprova (11-97795-0022) e do Estadão (11-99263-7900). No Twitter, uma versão do boato teve 2,9 mil curtidas e 1,8 mil retweets.

Esta verificação foi feita pelas redações da Folha de S. Paulo e Estadão.

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