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Forças Armadas não solicitaram ao TSE perícia nas urnas eletrônicas

Notícia falsa

Forças Armadas não solicitaram ao TSE perícia nas urnas eletrônicas
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Falso: As Forças Armadas negam ter enviado a solicitação e o TSE nega tê-la recebido.

Entenda o caso

Não é verdade que as Forças Armadas exigiram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma perícia nas urnas eletrônicas. Em texto apócrifo que circula no WhatsApp e em redes sociais, há o rumor que oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica enviaram um comunicado oficial à presidente do TSE, ministra Rosa Weber, por receio de fraude nas votações. No entanto, o órgão nega a existência de uma comunicação do tipo.

Para checar a veracidade da corrente, o Comprova entrou em contato com as assessorias do TSE e das Forças Armadas — ambas as instituições negaram o boato.

“O Exército não solicitou ao TSE nem recebeu qualquer determinação para participar de perícia, avaliação ou auditoria técnica do funcionamento e segurança dos equipamentos eletrônicos de apuração”, diz nota enviada pelo Exército ao Comprova.

O Comprova também buscou nos comunicados oficiais e no site do Exército referências a urnas eletrônicas, sem resultados.

A equipe de verificação do boato ainda buscou localizar a foto original utilizada em uma publicação no Facebook com o texto enganoso. Ela foi feita no Quartel-General do Exército, em Brasília (DF), em setembro de 2017, e divulgada no site do Exército.

Na ocasião, estava sendo realizada a “301ª Reunião do Alto-Comando do Exército” (RACE), em Brasília. Segundo o site do Exército, durante o encontro, os presentes discutiram assuntos na esfera do planejamento estratégico da instituição, “com decisões relacionadas à carreira, à profissão militar e aos meios disponíveis atualmente para o cumprimento das missões constitucionais”.

Já a foto que acompanha o mesmo texto enganoso em uma publicação no Twitter foi encontrada pelo Comprova na mesma rede social, mas em um tuíte do general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército brasileiro. O post também é de setembro de 2017.

Rumores sobre fraudes no sistema de votação têm sido frequentes durante a campanha. Segundo o TSE, o voto eletrônico emprega segurança em camadas. Isso quer dizer que qualquer ataque ao sistema causa um efeito dominó, que impossibilita que uma urna comprometida gere resultados válidos.

O TSE encomenda auditorias e perícias de instituições independentes. Da mesma forma, antes de cada eleição é realizado um Teste Público de Segurança do sistema eletrônico de votação, de acordo com a Resolução-TSE 23.444/2015. No dia da eleição, ocorre mais uma verificação: fiscais de partidos políticos e coligações, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de entidades representativas da sociedade fazem uma “votação paralela”. O objetivo é atestar os dispositivos de segurança e a veracidade dos resultados de urnas sorteadas.

Além do WhatsApp, o boato também foi compartilhado no grupo do Facebook “Apoio ao dr Sérgio Moro e Lava Jato e a FFAA”, com 9,5 mil compartilhamentos, e no Twitter pelo usuário @arthur_slo, com 951 retweets.

Esta verificação foi feita pelas redações do Estadão e Folha de S.Paulo.

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