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Não há evidência de que funcionários usaram veículo oficial em campanha de Haddad

Impreciso

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Impreciso: Nenhum material de campanha aparece nas imagens. O Comprova não localizou o autor das imagens. A Univasf afirma que as pessoas que aparecem no vídeo não são servidores, mas terceirizados contratados por um programa do governo federal.

Entenda o caso

Não há evidências de que servidores públicos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, em Pernambuco, usaram veículos oficiais para fazer campanha para o candidato à Presidência Fernando Haddad (PT). O vídeo sem comprovação foi compartilhado no Twitter.

Ao publicar um vídeo que mostra funcionários embarcando em uma caminhonete branca com identificação da universidade, um tuíte afirmou: “URGENTE: Em vídeo divulgado nas redes sociais, servidores públicos federais utilizam carros oficiais para desempenhar campanha política em prol de Fernando Haddad, candidato à Presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT); o veículo contém placas da UNIVASF.

Na gravação, um homem diz: “Sabe que não pode, né? Sabe que não pode manifestação política com carro oficial. Polícia Federal ficar sabendo, viu? Vou chamar mesmo”. Porém, nenhum material de campanha aparece na imagem. Uma das passageiras parece vestir uma camiseta com o slogan “Ele não”, que se popularizou em protesto ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), mas não é possível ter certeza pelo vídeo publicado. O Comprova não conseguiu localizar a versão original do vídeo, nem o homem da voz que aparece na gravação.

Procurada, a assessoria de imprensa da Univasf afirmou que as pessoas que aparecem no vídeo sequer eram servidores públicos. Tratam-se de funcionários terceirizados contratados pelo Programa de Conservação da Fauna e Flora do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste Setentrional (Pisf), financiado pelo Ministério da Integração Nacional.

Em nota, a universidade ainda informou que os funcionários estavam realizando atividades de campo do referido programa na manhã da última terça-feira, 23 de outubro, no município de Cajazeiras, na Paraíba. Ao analisar o conteúdo, a assessoria não constatou qualquer ato que “configure desobediência à Lei Eleitoral”. Em uma busca reversa — uma procura para encontrar imagens relacionadas em toda a internet — pelas ferramentas InVID e RevEye, o Comprova não localizou nenhuma outra versão do vídeo.

O tuíte foi publicado pela conta Conexão Política às 10h55min desta quarta-feira, 24. Até as 11h desta quinta-feira, 25, o vídeo havia sido retuitado 7.484 vezes e recebido 13.228 curtidas.

Esta verificação foi feita pelas redações da BandNews FM e Gaúcha ZH.

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