Coronavírus Sintomas, precauções, notícias e números no Brasil
Veja o avanço do vírus pelo mundo e no Brasil, cuidados de higiene pessoal, riscos de contaminação, sintomas: um guia completo para entender a pandemia do coronavírus (Covid-19).
Como se prevenir
As principais dicas para evitar a contaminação do coronavírus Covid-19:
Fonte: Ministério da Saúde.
Veja aqui mais informações sobre como se proteger do coronavírus
Tire dúvidas pelo Disque Saúde 136 – do Ministério da Saúde
Principais dúvidas
Quais os sintomas principais e no que eles diferem do resfriado comum?
Os sinais e sintomas do novo coronavírus são principalmente respiratórios e se assemelham aos de um resfriado. Eles incluem principalmente febre, tosse e dificuldade para respirar ou falta de ar. Em casos mais graves, podem causar também a infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. O quadro completo da Covid-19 ainda não está claro. Segundo estudo clínico, 80% tiveram sintomas moderados.
Como reduzir o risco de infecção pelo novo coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
- Evitar contato com pessoas que apresentem infecções respiratórias agudas e ficar em casa quando estiver doente;
- Lavar frequentemente as mãos com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, especialmente após contato direto com pessoas doentes e, no caso de não haver água e sabão, é recomendado utilizar o álcool 70%;
- Usar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo e limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações. Também se deve evitar o consumo de produtos de origem animal cru ou mal cozido.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Não há, por enquanto, tratamentos com remédios ou terapias indicados contra a Covid-19. Isso não significa, porém, que não há nada a se fazer.
Para 80% das pessoas que desenvolverem a Covid-19, os sintomas serão leves ou mesmo assintomáticos, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse caso, a orientação dos especialistas têm sido que as pessoas fiquem em casa, em isolamento de familiares, se possível, e adotem medidas de combate a infecções virais.
Dentre as medidas: hidratação (de preferência com água, mas também pode incluir chás e sucos), alimentação saudável e descanso. Medicamentos de combate aos sintomas, como um antitérmico, podem ser usados, desde que com orientação médica.
O tratamento contra a Covid-19 muda em outros grupos. Cerca de 15% das pessoas terão uma infecção mais severa, que exigirá o uso de oxigênio e 5% terão uma condição crítica, com a necessidade de ventilação. Para essas pessoas, o tratamento será hospitalar.
Pessoas que desenvolverem a Covid-19, mas manterem sintomas leves (como a coriza) ou mesmo assintomáticos, o tratamento mais indicado pelos especialistas tem sido manter-se em casa, em isolamento, controlando os sintomas com medidas simples, como: hidratação, alimentação saudável e descanso.
Devem buscar ajuda médica quando houver uma alteração (ou aumento) na apresentação dos sintomas, tais como:
- Febre acima de 37,8°C persistente (que volta mesmo depois que a pessoa for medicada);
- Tosse seca;
- Falta de ar ou dificuldade para respirar;
Antes de sair de casa, porém, por apresentar os sintomas, a pessoa deverá usar a máscara. Dessa forma, evita a disseminação do vírus a quem estiver próximo.
Na dúvida de onde buscar a ajuda médica, prefira locais com pouca aglomeração de pessoas. Unidades básicas de saúde e clínicas médicas são as mais indicadas. Os profissionais de saúde desses locais indicarão uma transferência a hospitais, caso seja necessário.
Está com alguma dúvida? Municípios e estados disponibilizaram números de telefone para a população entrar em contato. Leia mais sobre onde e quando buscar ajuda médica aqui.
No caso de diagnóstico para a Covid-19, é bem provável que o médico aconselhe a ficar em casa, em isolamento. Na prática, isso significa algumas medidas que a família deverá adotar:
- Permanecer, de preferência, em um ambiente da casa onde possa ficar sozinho. Dormir e se alimentar nesse local, longe dos demais, é uma orientação.
- Se não for possível ficar isolado em um quarto, mantenha uma distância de 1,5 metro a dois metros dos outros moradores.
- Não compartilhe talheres ou utensílios de cozinha;
- Não compartilhe produtos de uso pessoal, como os de higiene;
- Cuidado redobrado quando for tossir ou espirrar, tendo em mente a etiqueta da tosse/do espirro;
- Descarte o material de higiene pessoal no lixo;
- Lave as mãos com frequência;
- Não segure crianças no colo;
- Evite contatos muito próximos, como beijos e abraços;
- Permaneça em sua casa. Evite locais com aglomeração, como shoppings, praças, parques e praias cheias de pessoas.
Essas orientações devem ser seguidas por, pelo menos, 14 dias, que é o tempo de incubação da doença. Leia mais sobre a importância de manter o isolamento domiciliar, seja como prevenção ou para recuperação da Covid-19 aqui.
Sequelas ou consequências a longo prazo da Covid-19 ainda não foram confirmadas, pois é uma doença ainda muito nova, identificada no fim de 2019.
Ainda assim, pesquisadores do Centro de Doenças Infecciosas do hospital Princesa Margaret, em Hong Kong, perceberam que alguns pacientes que se recuperam da Covid-19 apresentaram uma redução na função pulmonar, que variou de 20% a 30% em algumas pessoas. Eles também tiveram mais dificuldade para recuperar o ar em exercícios físicos mais intensos, como uma caminhada mais acelerada.
Outras sequelas ainda não foram identificadas. Esse conteúdo será atualizado conforme novas informações forem confirmadas.
Se você não tiver sintomas respiratórios ou não for profissional de saúde, o uso da máscara é dispensável.
Isso porque a máscara só vai proteger que você dissemine o vírus para outras pessoas – e não necessariamente o contrário.
Para proteção, outras medidas são mais eficazes como: lavar as mãos, tossir ou espirrar usando a etiqueta do espirro/tosse, e evitar levar as mãos ao nariz, olhos ou boca.
Para ter acesso ao exame que diagnóstica a Covid-19, o paciente deve atender a alguns critérios:
- Deve ter vindo de fora do país;
- Deve ter tido contato com alguém sabidamente positivo para o novo coronavírus;
- Deve manifestar os sintomas.
Essa orientação é válida por enquanto, mas pode ser modificada conforme o avanço da doença pelo país.
O exame que diagnostica o novo coronavírus é feito por meio de um swab, ou bastonete, que coleta as secreções das regiões da nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta). A amostra é então analisada em um teste bem específico que verifica a presença do vírus por meio da metodologia PCR, que identifica o material genético do vírus, o seu RNA.
Em geral, o resultado desse exame sai em 24 horas. Com o aumento na demanda, porém, deve demorar mais tempo. Planos de saúde já cobrem o exame, que também é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Leia mais sobre o exame de diagnóstico da Covid-19 aqui.
Ainda não há número exato sobre o tempo que o vírus responsável pela Covid-19 permanece no ar e em superfícies. Um estudo norte-americano, porém, estima alguns desses períodos:
3 horas seria o tempo que o Sars-cov-2 poderia circular pelo ar.
4 horas seria o período que o vírus permaneceria em superfícies de cobre.
24 horas em superfícies de papelão.
Dois a três dias em superfícies de plástico e aço inoxidável.
Itens de limpeza da casa, como desinfetantes com 62% a 71% de etanol, 0,5% de peróxido de hidrogênio ou 0,1% de hipoclorito de sódio (alvejantes) são capazes de inativar os coronavírus e uma ação semelhante é esperada contra o novo coronavírus.
Dados divulgados pelo Centro de Controle de Doenças norte-americano (CDC) orientam a limpeza e desinfecção de superfícies que entrem em contato com muitas pessoas, como mesas, cadeiras, maçanetas, tomadas e interruptores, controles remotos, pias e vasos sanitários. Leia mais sobre como limpar superfícies contra o coronavírus aqui.
Depois de recomendar que a substância ibuprofeno fosse substituída por outros medicamentos no combate aos sintomas da Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou a orientação no dia seguinte.
Até o momento, a instituição entende que não há estudos científicos estudos de quaisquer efeitos negativos da substância, além dos efeitos colaterais usuais que limitam a indicação do medicamento em certas populações, e que não recomenda contra o uso da substância. Leia mais sobre as recomendações dos médicos e quando o uso do ibuprofeno é indicado aqui.
Grupos de risco
Idosos estão entre um dos grupos de risco para a Covid-19 principalmente pelas doenças crônicas associadas à idade. São pessoas nessa faixa etária, acima dos 60 anos, que apresentam mais hipertensão e diabetes, por exemplo.
Ao desenvolverem os sintomas do novo coronavírus, o risco de que isso impeça o tratamento adequado das doenças pré-existentes é grande. Ao descompensarem o tratamento das doenças de base, a ação do sistema imunológico contra a Covid-19 também é prejudicada.
Dos dados divulgados até o momento, pessoas acima de 80 anos tem um risco de quase 15% de mortalidade pelo novo coronavírus. Em comparação, até os 49 anos, a taxa de mortalidade atinge o pico de 0,4%.
Os idosos também não desenvolvem os mesmos sintomas que os adultos quando infectados. Uma diferença importante é a febre, que surge de forma muito sutil entre esse público, quando aparece. É importante que a família fique atenta a sinais de desidratação, como a boca seca, que podem indicar problemas de saúde. Leia mais sobre os cuidados com os idosos aqui.
Pessoas com o diagnóstico de diabetes, especialmente do tipo 2, são consideradas pertencentes ao grupo de risco para a Covid-19. O motivo está no impacto da doença, especialmente quando ela está descompensada, ao sistema imunológico.
Quando a pessoa diagnosticada com diabetes não mantém o controle, seja aplicando a insulina no tipo 1 ou pelas medicações e estilo de vida, no tipo 2, a glicemia (açúcar presente no sangue) aumenta, levando ao quadro de hiperglicemia.
Esse cenário é chamado de descompensamento do diabetes, e impacta na resposta do sistema imunológico da pessoa. Nessa situação, é mais difícil para o organismo reagir aos vírus, como o novo coronavírus, e a se recuperar da maneira correta.
A indicação a esse público, portanto, é: mantenha o tratamento em dia. Uma vez que o diabetes esteja compensado, o risco da Covid-19 reduz. No caso de dúvidas, procure o médico que o acompanha.
Ao contrário dos outros grupos de risco, como os diabéticos e os idosos, no caso dos hipertensos ou das pessoas com problemas cardíacos, o impacto da Covid-19 não está no fato de o sistema imunológico estar comprometido pela doença de base.
O problema na verdade é que, diante de uma infecção (seja ela qual for), o coração é mais demandado pelo corpo. Se esse órgão já estiver debilitado, a exigência pode colocá-lo em exaustão. Leia mais sobre o risco dos hipertensos e outras doenças crônicas aqui.
Grávidas precisam ficar atentas ao novo coronavírus porque, embora não estejam no grupo de risco para a doença, têm o sistema imunológico comprometido pela condição – o que pode ser um facilitador para infecções oportunistas.
Como se trata de uma doença nova, não se sabe ainda se há transmissão do novo coronavírus de mãe para o bebê, ou se a doença poderia prejudicar a gestação. Se a Covid-19 seguir o mesmo cenário que outras infecções semelhantes, como o SARS-CoV e MERS-CoV, por exemplo, o risco é baixo.
Caso uma mulher contraia o novo coronavírus durante o período de amamentação, os especialistas argumentam que a alimentação não deve parar. No entanto, as mães devem tomar alguns cuidados, como:
- Usar máscara;
- Lavar as mãos;
- Evitar o contato do bebê com secreções de tosse ou espirro.
Ainda não há evidências que o novo coronavírus seja transmitido pelo leite materno, embora seja por meio dele que a criança adquire os anticorpos necessários para a defesa do organismo – antes que possa receber as vacinas. Leia mais sobre os cuidados com a saúde das gestantes aqui.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que entre crianças e jovens adultos, a infecção Covid-19 é em geral branda, com sintomas mais leves. Isso não significa que não haja risco entre esse grupo.
Na segunda-feira (16/03), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que crianças morreram em decorrência do novo coronavírus. O diretor-geral não deu detalhes sobre as vítimas.
Leia mais sobre a proteção das crianças contra o novo coronavírus aqui.
Outras informações
Por se tratar de uma doença nova, identificada apenas no fim de 2019, informações sobre a condição são descobertas a cada dia. Confira abaixo uma lista de pesquisas científicas que já apontam para algumas características da Covid-19:
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Embora um caso de infecção pela Covid-19 tenha sido identificado em um cachorro, em Hong Kong, não há evidências, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que cachorros, gatos ou outros animais de estimação possam transmitir a doença aos humanos.
A principal forma de transmissão do novo coronavírus é através das gotículas de saliva que são emitidas quando alguém tosse, espirra ou fala.
Quem sofre de ansiedade está especialmente propenso a passar por momentos difíceis durante a crise do novo coronavírus. Isso porque sobram incertezas, visto que se trata de uma doença ainda muito nova.
Confira aqui algumas dicas de como combater a ansiedade nesse período de pandemia.
O que significam as siglas Sars-Cov-2 e Covid-19?
Coronavírus é uma família de vírus que causam uma série de infecções respiratórias. Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. Os tipos de coronavírus conhecidos até o momento são: Alpha coronavírus 229E e NL63; Beta coronavírus OC43 e HKU1; Sars-Cov (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS); MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS). O novo agente descoberto na China é o Sars-Cov-2 e a doença associada a ele foi batizada de Covid-19.
O Covid-19 é mais grave do que a SARS e a MERS?
Pelos dados disponíveis, a taxa de letalidade do Covid-19 está em 2,3%, bem abaixo do que a de outras síndromes respiratórias. A SARS, que se espalhou pela China e outros países entre 2002 e 2003, infectou cerca de 8 mil pessoas e matou 774 – taxa de letalidade de 10%. A MERS, no Oriente Médio, foi contraída por 2494 pessoas e matou 858, taxa de 34%.
O que torna o Covid-19 tão preocupante?
Segundo Rodney Rohde, professor da Escola de Saúde da Universidade do Texas e membro da Associação de Cientistas Clínicos, novos surtos de qualquer micróbio devem sempre ser um problema de saúde pública. Em material divulgado pela Elsevier, editora especializada em conteúdo científico e médico, ele destaca que o risco desses surtos depende das características do vírus. O SARS-CoV-2 não é semelhante aos coronavírus mais comuns, como os que causam resfriados. No entanto, análises genéticas sugerem que esse vírus surgiu de um vírus relacionado à SARS. Existem investigações em andamento para saber mais.
Qual a origem do vírus? Veio de morcegos?
A suspeita de que o consumo de carne de morcego tenha causado o vírus surgiu após a identificação do código genético do SARS-CoV. A Comissão Municipal de Saúde de Wuhan já havia fechado o mercado de frutos do mar desde 1º de janeiro, quando a análise dos casos conhecidos mostrou influência do local. Entretanto, pesquisa divulgada por uma equipe chinesa em 31 de janeiro no periódico científico Lancet ressalta que não é comum a venda de morcegos naquele mercado, e que os animais inclusive estão em período de hibernação no período. Além disso, outros coronavírus como o primeiro SARS-CoV e a MERS-CoV tinham o morcego como reservário natural, mas com outro mamífero agindo como hospedeiro intermediário (civeta de palmeira mascarada no caso da SARS e dromedários para a MERS). No caso da SARS-CoV-2, as pesquisas ainda são inconclusivas. Pesquisadores da Universidade de Agricultura do Sul da China apontaram a possibilidade deste animal ser o pangolim, um mamífero com escamas, mas isso ainda não foi confirmado. Essa informação é importante porque ajudaria na prevenção e controle do vírus.
É fake!
Mentiras sobre o coronavírus
O Ministério da Saúde compartilhou as principais fake news associadas ao novo coronavírus. Confira abaixo algumas das mentiras mais comumente associadas ao novo coronavírus e evite disseminá-las para amigos e familiares ou conhecidos:
Médicos tailandeses descobriram a cura do coronavírus? Fake
A doença ainda não tem tratamento e não há nenhuma vacina, substância ou vitamina que previna a infecção.
Produtos chineses não serão enviados ao Brasil? Fake
Não há nenhuma evidência, conforme alerta a pasta de Saúde, de que o vírus SARS-Cov-2 sobreviva em objetos que você, ou parentes e amigos, possa ter comprado da China. Logo, esses itens não trarão a doença. O vírus é transmitidos apenas entre humanos e não sobrevive mais de 24 horas fora de um organismo humano ou animal.
Ar no plástico bolha poderia conter o coronavírus? Fake
Na mesma categoria de “produtos que vieram da China contêm coronavírus”, uma das mentiras circulando pelas redes sociais alerta para o ar supostamente contaminado pelo vírus, que estaria preso no plástico bolha e seria liberado cada vez que alguém o apertasse.
Não há evidência nenhuma de que aquele ar poderia conter o coronavírus, visto que os vírus não sobrevivem, em geral, fora do corpo humano (ou animal) por muito tempo. Além disso, o tráfego desses produtos costuma levar dias.
Chá de abacate com hortelã previne o coronavírus? Fake
As únicas medidas de prevenção atualmente confirmadas são aquelas listadas acima (lavar as mãos, evitar contato com pessoas doentes, etc). Não há nenhuma comprovação, conforme alerta o Ministério da Saúde, de que o chá de abacate com hortelã teria qualquer ação de prevenção ao novo coronavírus.
Vale lembrar que, até o momento, não há medicamentos, substâncias, vitaminas ou alimentos específicos – e nem mesmo vacinas – que possam fazer a prevenção da nova doença.
Novo coronavírus foi criado em laboratório? Fake
A mensagem falsa é alarmante: o novo coronavírus teria uma estrutura semelhante ao HIV e, com isso, teria sido criado em laboratório. A descoberta teria sido feita por cientistas indianos.
Nada disso está correto, conforme orienta a pasta de Saúde do Brasil. Não há registros científicos que indiquem qualquer inserções semelhantes ao vírus HIV, causador da Aids, e nem que ele tenha sido desenvolvido em laboratório.
A pasta compartilha ainda que a revista científica Lancet fez a descrição de 10 sequências genéticas do novo vírus e demonstrou a semelhança com o vírus SARs (COV), tendo o morcego como hospedeiro original e os animais do mercado de Wuhan, na China, como hospedeiros intermediários.
Uísque e mel contra o coronavírus? Fake
Nem uísque e mel, nem óleos ou chás milagrosos. Vitamina C + zinco também não. Não há até o momento nenhum alimento ou medicamento, vacina ou substância, que cure ou combata o novo coronavírus.
As medidas de proteção, conforme listadas no início deste material e no tópico Prevenção, são as únicas formas de prevenção confirmadas até o momento.
A pneumonia é o primeiro sintoma do novo coronavírus? Fake
É falso que o coronavírus causa pneumonia de imediato. Os primeiros sintomas da doença são febre, tosse, dificuldade para respirar. Apesar de não ser o primeiro sintoma, entretanto, o vírus pode causar pneumonia em um estágio mais avançado.
Estatísticas
Números do Coronavírus no Brasil
Evolução no Brasil
Mapa da Covid-19 por estados
casos confirmados mortes
Fonte: Ministério da Saúde Atualização: uma vez por dia, por volta de 19h.
Ouça o podcast: dicas de como se prevenir e outras informações
“É mais um tipo de gripe que a humanidade vai ter que atravessar. Das gripes históricas com letalidade maior, o coronavírus se comporta à menor e tem transmissibilidade similar a determinada gripes que a humanidade já superou”, afirmou o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Baixe o guia de prevenção para compartilhar!
A Gazeta do Povo preparou esse guia em PDF com informações sobre como se prevenir do Coronavírus e outras doenças respiratórias virais:
Baixar PDFExpediente
Edição: Rodrigo Fernandes, Guilherme Storck
Reportagem: Amanda Milléo, Rosana Félix
Design & Ilustração: Chantal Wagner e Osvalter Urbinati