Nove não conseguiram marcar um, mas Seleção Brasileira só fala de arbitragem após decepcionante estreia

Brasil de Tite apenas empata com a Suíça na sua primeira partida de Copa do Mundo, não reconhece erros e postura do árbitro vira muleta para justificar desempenho abaixo do esperado

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A estreia decepcionante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2018 deveria ser encarada de maneira franca. Mas a muleta do VAR (sigla em inglês para Video Assistant Referee, o árbitro assistente de vídeo), que a arbitragem agora pode utilizar, pautou o desabafo brasileiro após o 1 a 1 com a Suíça. Reclamam uma falta de Steven Zuber sobre Miranda. 

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Há, inegavelmente, um leve “chega pra lá”. Mas o atleta do Hoffenheim sequer precisou saltar. Bastou utilizar seu 1,81 metro de estatura para desviar a pelota até o gol de Alisson, um dos nove (!) brasileiros (veja fotos acima) que estavam na área para marcar apenas o autor do tento helvético. E eles não conseguiram deter sua cabeçada. 

A situação, sutil, após o cruzamento é algo que se repete diversas vezes em pelejas de futebol. Jogadores se movimentam e se agarram enquanto o batedor prepara o cruzamento. Lance difícil de ser notado pelo apitador, obrigado a olhar para tantos corpos que se empurram e se deslocam dentro da área. Mas agora esse tipo de infração é mais perceptível, graças ao vídeo. 

Ocorre que, por mais recomendações que a Fifa faça, apitadores continuarão tendo critérios próprios, maneiras diferentes de ver o futebol e suas disputas de bola. E existirão jogadas nas quais eles não terão dúvidas, desprezarão a telinha e seguirão em frente com suas convicções. Foi como agiu o mexicano César Ramos na estreia brasileira em gramados russos. 

No sábado, em pelo menos quatro jogadas, de bola nas mãos de islandês e argentino, além de faltas dentro da área reclamadas pelos sul-americanos, o polonês Szymon Marciniak não deu a mínima para o video-tape. Já o uruguaio Andrés Cunha abusou do VAR em cotejo no qual a França se beneficiou da tecnologia para derrotar a Austrália. Com tal recurso, marcou penalidade máxima polêmica para os franceses. O replay do lance com Griezmann não foi conclusivo.  

Enquanto os brasileiros reclamavam da não utilização do vídeo, poucas reflexões eram feitas quanto ao desempenho do time de Tite, do qual se espera mais. O Brasil não mostrou a fluência de seu jogo e permitiu ao adversário igualar o placar e sustenta-lo. Isso sem encarar uma defesa tão fechada como o muro de gelo que a Islândia colocou à frente da Argentina. 

É preciso mais. A boa preparação, a capacidade do treinador e sua comissão técnica, a qualidade dois jogadores e as más estreias de rivais importantes não bastam. Por ter atuado depois dos tropeços de Espanha, Argentina e Alemanha, além do sofrimento da França, o otimismo brasileiro cresceu. A sensação era de que o Brasil estaria bem acima desses rivais. No campo a prática mostrou que tal teoria não corresponde à realidade. 

Superados os queixumes contra a arbitragem, cabe a Tite corrigir. Especialmente a bola parada. Para que não se repita a situação na qual nove não conseguem marcar um. E Miranda não dê as costas para o adversário, fique ao lado ou atrás de quem ele está marcando. Se o trabalho for mais bem feito, as vitórias acontecerão e o VAR será ignorado não apenas pela arbitragem. 

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Foi a terceira partida sem vitória da seleção brasileira em Copas do Mundo. Time cebeefiano venceu apenas uma das suas últimas cinco pelejas de Mundiais. Mas provavelmente vencerá os dois próximos. 

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Alegar pênalti em Gabriel Jesus é um ataque à nossa inteligência e explica más arbitragens do passado, protagonizadas por ex-apitadores que hoje falam ao microfone. Em 2014, em casa, o Brasil estreou com vitória sobre a Croácia graças a uma penalidade máxima absurdamente marcada. Queriam mais? 

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A Argentina finalizou 27 vezes, sete no alvo, 11 com Messi; 11 já no interior da área. A Alemanha arrematou 26 vezes, nove certas, 12 de dentro da área, como o Brasil, que acumulou 21 tiros, quatro na direção da meta rival. Já a Espanha somou 13, seis no alvo e nove do total dentro da área.

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