Tem tudo para ser o compromisso mais simples da seleção brasileira na Copa do Mundo. A Costa Rica versão 2018 não é mais o time da solidez defensiva que calçou a campanha de quatro anos antes no Brasil. Los Ticos se classificaram ao lado do Uruguai no “Grupo da Morte”, eliminando outras duas campeãs do mundo, Itália e Inglaterra. 

Ao contrário do competitivo time suíço, que impediu a vitória do Brasil na estreia, o adversário da América Central está envelhecido. É um dos que mais remanescentes do Mundial passado levou à Rússia – 13, como a Croácia; com 15 estão Bélgica, México e Suíça. Na derrota para a Sérvia (1 a 0) houve equilíbrio em posse de bola e finalizações, com baixo ímpeto ofensivo. 

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Embora não tenham feito jogo de grande imposição contra os costa-riquenhos, os sérvios têm um time mais forte, duro, que deverá criar maiores dificuldades para os brasileiros na quarta-feira, em Moscou. Chegar a esse duelo precisando desesperadamente de resultado seria terrível para a equipe de Tite, por isso é preciso se impor nesta quinta, e São Petesburgo. 

O empate na estreia levou à seleção uma luz sobre seus problemas, que pode ajudá-la a enxergar soluções. O maior deles, Neymar e seu individualismo ante a Suíça, que atravancou o jogo coletivo, chamou faltas e pouco criou. A onda de críticas, pertinentes ao craque do Paris Saint Germain e as conversas com o treinador devem mudar sua postura, para a melhor. 

O técnico Oscar Ramírez, da Costa Rica, se vê às voltas com noticiário pesado. A imprensa do país aponta um elenco dividido e ele, nas entrelinhas, admite que impera um determinado perfil, mas nega o problema: “Nosso povo é emotivo, não gosta de perder. Sei que muitas vezes somos um pouco autodestrutivos(…) Não há nada que eu saiba, até agora”. 

Panos quentes do treinador? É possível, provável, talvez, cenário que aumenta as chances o Brasil, que enfrentará um rival disposto a abusar da bola parada. Tal jogada é a origem de 53% dos gols desta Copa, até as partidas de quarta-feira. É o que mostra levantamento do analista de desempenho Eduardo Cecconi. E foi assim que os suíços empataram no domingo. 

Avançando, o Brasil provavelmente enfrentara Suécia, México ou Alemanha. A Coreia do Sul não parece reunir forças para lutar pela classificação. E com a derrota dos campeões mundiais para a equipe asteca na estreia, não se sabe se é melhor ser primeiro ou segundo do grupo. É real a chance de vermos os germânicos, como vices, cruzarem o caminho do líder da chave dos brasileiros. 

Como seus adversários, a seleção precisa evoluir na competição. Por isso não seria bom enfrentar tão cedo um oponente como a Mannschaft, que entraria em campo reforçado pelos fantasmas do 7 a 1. Contudo, não existe escolha. Tite e seus jogadores precisarão estar prontos para encarar o que o destino lhes oferecer. Mais um motivo para jogar bem, vencer e convencer contra a Costa Rica. 

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