Da seleção corintiana à tentativa da Fifa de avacalhar a Copa do Mundo
Seleção brasileira está repleta de quem trabalha ou trabalhou no Corinthians. Melhor para o jogador que se contundiu. E pior para o Mundial de futebol, ameaçado de inchaço
Renato Augusto (foto) esteve em nove das 11 partidas do Beijing Guoan em pelo Campeonato Chinês de 2018. Mas chegou à seleção brasileira lesionado, não esteve disponível nos amistosos contra Croácia e Áustria, além de há algum tempo ter perdido a condição de titular. A enorme paciência de Tite por sua recuperação não é nem um pouco surpreendente.
Revelado pelo Flamengo, o meia de 30 anos também defendeu o Bayer Leverkusen e é um integrante da “seleção corintiana”. Na Rússia são 17 de 64 profissionais à serviço da CBF que tiveram, ou têm, ligação com o Corinthians, ou seja, 26%, como já destacou no site “Meu Timão“. A relação de confiança e o histórico pesam (muito) ali.
Além do próprio treinador e do coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, seis jogadores têm no currículo passagens pelo Corinthians. São eles: Cássio, Fágner, Marquinhos, Paulinho, Renato Augusto e Willian. Este último, atualmente no Chelsea, é o único que não trabalhou com o técnico da seleção no campeão brasileiro de 2017.
No estafe, nove ex-funcionários do Corinthians: os auxiliares técnicos Cléber Xavier e Sylvinho (também ex-jogador alvinegro), o auxiliar técnico e tecnológico Matheus Bachi (filho de Tite). Há o observador técnico Bruno Baquete, os preparadores físicos Fábio Mahseredjian e Ricardo Rosa, os fisioterapeutas Bruno Mazziotti e Caio Mello, além do analista de desempenho Fernando Lázaro.
Se ainda fossem os tempos de Luiz Felipe Scolari esse grupo da seleção brasileira seria chamado de “família”. E não deixa de ser, afinal, é evidente que o conhecimento do trabalho desses profissionais pesou nas escolhas de seus nomes para tantos cargos. Compreensível até, se lembramos que o treinador chegou à seleção em momento delicado e precisando de reação imediata com resultados.
Ao mesmo tempo o caso de Renato Augusto deixa claro que ser da “seleção corintiana” proporciona tratamento diferenciado. Se tecnicamente sua convocação já era questionável, ainda mais jogando há duas temporadas no fraco futebol chinês. Nos últimos dias ele voltou aos treinos no campo. Mas está claro que segue longe dos 100% das condições físicas, ainda com dores no joelho, que já sentia antes de se apresentar. Mas Tite sabe que não depende dele para a estreia deste domingo, diante da Suíça.
Renato Augusto não atuou em todas as partidas de seu clube pela liga chinesa justamente por causa desse problema. Ele ficou fora das pelejas ante Guangzhou R&F e Changchun Yatai. A Copa começou, o Brasil finalmente vai jogar, mas a paciência e fé em sua recuperação continuam, mesmo sem ser titular, mesmo sem viver grande fase. Nada como fazer parte da “seleção corintiana”.
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Os 5 a 0 da Rússia sobre a Arábia Saudita na abertura do Mundial escancarou quão absurdo é o projeto de ampliação do número de participantes para 48. Política pura da “Dona” Fifa, capaz de prejudicar seu próprio certame, inchando-o com times sem nível técnico minimamente aceitável.
A equipe árabe é tão fraca que permitiu aos anfitriões golear após sete jogos sem vencer — quatro derrotas e três empates. Imagine os times que a seleção do príncipe Mohammed bin Salman deixou pelo caminho nas eliminatórias asiáticas. Ele, por sinal, passou o jogo com o mandachuva russo, Vladimir Putin. Entre os dois, Gianni Infantino, presidente da Federação Internacional de Futebol.
Fortes produtores de petróleo, os dois países integram blocos rivais (sauditas são aliados dos americanos), mas se aproximaram. E discutem estratégias que mexam na produção e nos preços do “ouro negro”. O jogo era pano de fundo para as conversas que começaram antes de a bola rolar. E prosseguiram enquanto os rapazes de Putin enchiam as redes do time de Salman.
A goleada é de menos, ela não tem força para provocar alguma ferida que bilhões de dólares não possam cicatrizar. Tudo sob a chancela da Fifa. Futebol e política sempre estiveram juntos.
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Depois de colecionar Champions League com as camisas dos poderosos Manchester United e Real Madrid, Cristiano Ronaldo levou a mediana seleção portuguesa ao título europeu. E parece disposto a continuar escrevendo a história. Não fosse ele, a Espanha venceria na estreia por uns 3 a 0.
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