O suicídio moral do Supremo e a opinião da Gazeta

Deve se encaminhar em breve o julgamento, no plenário do STF, da ação na qual o ministro Edson Fachin tirou da Justiça Federal em Curitiba a competência para julgar as ações que envolvem o ex-presidente Lula.

A Gazeta tem sido veemente em seus editoriais a respeito desse assunto por enxergar como os movimentos no Supremo estão ajudando a enterrar o combate à corrupção.

Repetimos no editorial desta quarta (14) o alerta e vale a pena você ler pelo menos este parágrafo:

“O Supremo tem cometido equívocos gravíssimos em muitos campos, mas no tema do combate à corrupção podemos afirmar, com toda a certeza, que absolutamente nada em sua história mais que centenária se compara ao que o Brasil viu neste mês de março. Sete anos de trabalho incessante para desvendar o maior esquema de corrupção da história do país foram colocados a perder – pois, bem sabemos, ainda que as decisões tratem apenas de processos contra o ex-presidente Lula, se forem mantidas elas servirão de precedente para muitos outros pedidos de anulação.”

Você pode ler o editorial completo aqui.

O que está acontecendo é grave. E não se compara a nada na história da corte. É o que a Gazeta pensa.

Parece mais do mesmo dizer isso, mas não é. A história da corrupção está sendo reescrita no Brasil e pouca gente está dando a dimensão correta a esse fato. Lula poderá sair ileso do petrolão e se candidatar em 2022.

Quem hoje quer ouvir falar em provas, depoimentos, delações? O que importa é a narrativa de perseguição, de erros da Lava Jato que precisam ser corrigidos.

Como o correspondente da Gazeta em Brasília Leonardo Desideri mostra, o julgamento é mais uma ação de “vingança” do mundo político contra a Lava Jato. Não é um caso isolado.

Temos recebido mensagens de apoio de assinantes da Gazeta a respeito dessa abordagem em relação à corrupção. Eles não querem esquecer os bilhões roubados da Petrobras e de outras estatais. Eles não querem que a corrupção seja facilmente perdoada e que Lula possa discursar como vítima de perseguição.

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O julgamento começa agora. E será seguido de outras manobras. Não temos tempo a perder e precisamos de mais assinantes para continuar a ser uma voz ativa contra a corrupção.

Assine antes do próximo discurso de vitória dos corruptos.

Um forte abraço,

Equipe Gazeta do Povo